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Seja discutindo reações bioquímicas catalisadas por enzimas, estratégias de reprodução ou especializações físicas de seres vivos, os sistemas biológicos da qual a vida depende são sistemas tudo-ou-nada; ou seja, ou ele funciona perfeitamente desde o primeiro dia, permitindo a vida, ou prevenindo-a no caso de qualquer falha.
Falcões caçam pássaros menores, capturando-os em pleno vôo a velocidades que podem chegar a 300 km/hora. Isto requer que eles tenham uma visão aguçada, e que a superfície de seus olhos se mantenham limpas e lubrificadas mesmo a altas velocidades. Para isso, falcões possuem uma terceira pálpebra, chamada membrana nictitante, que constantemente varre a córnea mantendo-a limpa. |
A borda da membrana nictitante possui uma dobra de tecido conectivo que possui uma série de estruturas semelhantes a pelos, microvilos, ao longo de sua superfície, que ajem como espanadores microscópicos coletando debris que são “varridos” para um ponto dilatado e são drenados para o sistema nasolacrimal.
Falcões possuem também uma glândula especial, a glândula Harderian, localizada na base da membrana nictitante e cuja função é a de lubrificar a superfície ocular com uma solução viscosa e resistente à evaporação, prevenindo assim que o vento evapore o filme de lágrima na superfície do olho.
Essas características altamente especializadas nos olhos do falcão, em conjunto com sua acuidade visual e velocidade impressionante têm que estar todas presentes para que essas aves sobrevivam. Características parcialmente desenvolvidas não funcionariam ao nível necessário para a sobrevivência dessas aves, sendo assim um forte argumento contra desenvolvimento gradual.
Bibliografia
Schwab, I.R. and D. Maggs. 2004. The falcon’s stoop. Br. J. Ophthalmology 88:4.
Figure caption:
Peregrine Falcon, Falco peregrinus. Photo by Kevin Law. Licensed under Creative
Commons Attribution ShareAlike 2.0 License (cc-by-sa-2.0).
http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Peregrine_Falcon_profile_shot.jpg
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